quarta-feira, 15 de maio de 2013

Entrevista com Sophie Charlotte, a bela das sete

 

Filha de um cabeleireiro brasi­leiro e de uma bióloga alemã, Sophie Charlotte já começou a vida com uma história diferen­te. Nascida em Hamburgo, na Alemanha Ocidental, a morena veio para o Brasil aos sete anos, onde cresceu e se tor­nou uma belíssima mulher e talentosa atriz. Bailarina, formada em ballet clássico, jazz e sapateado, Sophie começou a carreira como atriz aos 17 anos, com uma partici­pação em Sítio do Picapau Amarelo, mas o destaque veio como protagonista da nove­linha teen Malhação. Fez outros trabalhos marcantes, e, agora, está de volta às telinhas, como uma das protagonistas da nova novela das sete, Sangue Bom, de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Em entrevista, ela falou com a Conta Mais sobre sua nova personagem, a it girl Amora, sobre coisas da vida e muito mais. Confira.

A Amora será a vilã da história? Só tem ela de vilã? Como é essa personagem?
Na verdade, essa novela é diferente. É leve e trata coisas da vida de uma maneira mais real, sem aquela do vilão malvado, do anta­gonista. Tem mais a ver com o dia a dia das pessoas, do jogo de interesses. O que define essa condição de ‘vilão’ tem muito a ver com o que a pessoa faz com seus rancores. No caso do personagem do Humberto Carrão, por exemplo, que já chega à trama com essa atmosfera de querer o que é dos outros, de ter essa inveja nele. Se não fosse isso, ele seria um mocinho. Mas é esse comportamento de invejoso que o levou para esse lugar. E no caso da Amora é mais ou menos isso tam­bém. Só que ele começa com inveja de todo mundo, querendo seu lugar ao sol, tomando tudo de todo mundo. E a Amora começa lá em cima, tentando se manter. A vilania dele começa querendo tirar o que é dos outros e a da Amora é passar por cima das pessoas. A Bárbara Ellen (Giulia Gam) é outra per­sonagem que tem essa vertente, tudo pode acontecer com ela também. Para ter ideia, ela adota os filhos para aparecer.

E como foi pra você compor uma it girl? Porque a Amora é uma menina que dita moda. Como foi compor a Amora?
Então, foi um presentão. Imagina que a novela entrou no ar bem no dia do meu aniversário. A composição passou por di­versos momentos, como a mudança no visual, os cabelos curtos, o jeito de enca­rar as coisas, a forma de se vestir, de an­dar. Essa é minha primeira personagem que usa salto do início ao fim. A Stéfany, de Tititi, também teve essa coisa do salto alto, mas não era muito do perfil da perso­nagem, e sim de alguns momentos dela. Diferente da Amora, que nunca desce do salto, tem uma postura diferente. Além do visual, também pesquisei blogs, conversei com algumas blogueiras e fui sa­ber o que é ser uma it girl, o que se passa pela cabeça delas, de onde vinham. Pes­quisei moda, tendências. Na verdade, tudo isso virou um grande negócio. Também corri atrás de me aprofundar no outro lado da Amora, o fato dela ter morado na rua. Então, mergulhei muito no texto da Maria Adelaide, nos traumas da Amora e procurei entender a conexão de uma coisa na outra, porque ela acaba sendo o que a mãe adotiva sempre quis e tenta esconder quem ela é. Medo da rejeição, talvez.

E quem foi o responsável pela repagi­nada no cabelo? Você já se acostumou com o corte novo?
Foi o Fernando Torquatto. E estou adoran­do! É ótimo, prático, mas confesso que, às vezes, passo na frente do espelho e penso: ‘nossa, sou eu, Sophie’. Porque sem­pre usei cabelos compridos. Então, de vez em quando me surpreendo. Mas ado­rei a leveza, a agilidade. Deu movimento e isso reflete muito na personagem, assim como o figurino também.

Amora terá alguns toques de humor?
Não sei exatamente, mas acho que, no caso da Amora, e toda essa loucura que ela vive de ter um milhão de sapatos, ter cinco sapatos iguais, de se preocupar mui­to com a imagem, de estar sempre pron­ta para fotografar ao lado da mãe, enfim, isso tudo é muito louco. Acho que acaba sendo um braço para o humor, talvez. Porque ela fica desconcertada em alguns momentos, já que é muito controladora e está acostumada a estar sempre perfeita. Aí, claro, haverá momentos em que vai escorregar desnorteada.

E para manter a forma, o que você faz no dia a dia?
A rotina agora deu uma desandada por­que ainda estou me ajustando por conta dos horários. Mas acho muito importante manter uma rotina saudável. ‘Mente sã, corpo são’, ambos completamente dispo­níveis para o trabalho. Porque, quando você não se alimenta bem, não se exer­cita, chega ao trabalho já meio prejudi­cada. Eu estou cuidando muito da minha alimentação, do que vou comer durante o dia. Trago os meus potinhos, minhas frutas, algumas barrinhas de cereal. E, durante uma troca de roupa, aprovei­to para comer uma banana, uma maçã. Acho que é assim que tem que ser.

E os exercícios físicos? Você frequenta academia numa boa? Como é essa rela­ção com a malhação?
Não vou te dizer que acordo no ritmo, na­quela onda de “uhuuu, vou correr agora tantos quilômetros!”. Não estou nesse pi­que ainda. A gente ouve dizer que as pesso­as que correm há mais tempo sentem aque­la necessidade de sempre fazer a atividade, e que a pessoa não consegue mais ficar sem o exercício. Mas eu estou ainda nesse cami­nho. A minha questão não é exatamente es­tética. Claro que é uma consequência, mas minha preocupação é manter a saúde em dia. Eu sei da importância disso para o meu pacote estar ok, por uma questão de bem-estar. Muita gente fica preocupada com o que vai sair na foto e, se eu fosse pensar só nisso, poderia simplesmente parar de co­mer. E não é o caso, porque penso em estar bem daqui a 20 anos.

E como é pra você trabalhar sem a di­reção do Jorge Fernando? Como é esse peso de protagonista?

Acho que a casa, a Rede Globo, tem ex­celentes profissionais. Claro que tenho um carinho pelo Jorginho todo especial, ele sempre foi muito querido comigo. Mas confio na capacidade de todos os profissio­nais daqui. Sei que cada um tem uma assi­natura diferente em seus trabalhos, então, só quero fazer jus a essa confiança que de­positaram em mim, tantos dos produtores, como dos diretores e autores.

Tem algo da Amora na Sophie ou vi­ce-versa?

Acredito que todos os personagens acabam tendo um pouco da gente, porque somos nós ali, a nossa visão daquele tipo de com­portamento. E também que a gente acaba pegando algo deles. Acho que a Amora fez com que eu me aprofundasse em questões relativas à moda, tendências e acabou mu­dando um pouco meu olhar no dia a dia, e em relação à forma como a gente se veste para determinadas ocasiões rotineiras. Infor­mação é tudo inclusive na moda. Quando se tem acesso à informações mais aprofunda­das, um universo de possibilidades se abre à nossa frente e, com isso, conseguimos passar tudo aquilo com mais facilidade.

Na história da Amora tem a questão da adoção e você tem uma história de ado­ção na família. Pensa em, um dia, adotar uma criança?
Acho que muita gente, mesmo sem a minha história, pensa nisso em determinados mo­mentos da vida. Mas deram um peso muito grande nessa história da minha família, que eu fiquei bem incomodada. Acho bacana e muito válido a adoção, claro. No entanto, acho que todos devem ter o direito de ado­tar, sendo que devidamente acompanhado por um juizado. Porque muitas vezes a pes­soa tem condições financeiras, mas não tem nenhuma condição emocional. Sobre pen­sar em adotar, no momento, eu não penso nisso, porque meu foco está totalmente vol­tado para o trabalho.

Como vai o coração da Sophie e a relação com o Malvino salvador? Sai casamento?
Estamos juntos há três anos. Felizes e de bem com a vida. Quanto a casamento, acho que todo mundo, quando está com alguém que ama, faz planos. Mas, nesse momento, meu foco é a novela. Um novo trabalho que está aí e precisa de toda a minha dedicação.

Fonte : Conta Mais

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