RIO — Sophie Charlotte tem o mesmo ritual de Marilyn Monroe antes de se deitar. Passa gotinhas de perfume. Não são do quase centenário Chanel nº5, o favorito da atriz americana. A brasileira é mais antenada. Ela prefere Daisy, de Marc Jacobs. Tudo para acessar a memória atrelada ao sono e... dormir ao lado do namorado, o ator-gato Malvino Salvador.
A paixão por aromas se estende às personagens. A cada novela, ela muda o perfume que usa para trabalhar. Para a já popular it-girl Amora, de “Sangue bom”, ela escolheu “Candy”, da Prada.
— Gosto de trabalhar com a memória sensorial. Em dois meses, este perfume será o cheiro da Amora — explica a atriz durante este ensaio anos 20, inspirado no filme “O Grande Gatsby”, fotografado no Copacabana Palace.
Sophie fala devagar. Não come consoantes, como fazem os apressados na fala. Tem olhos grandes e um pouco de olheira. Fez balé a vida toda. É viciada no iPhone. Pisa com o pé direito ao entrar no estúdio. Não rói as unhas, mas tem mania de descascar o esmalte. Quando fica nervosa conta os dedinhos com o polegar. E adora rever filmes.
— O meu preferido é um da Sophia Loren, “Schöne Isabella” (versão alemã de “Felizes para sempre”) — conta a atriz, que nasceu na Alemanha e veio para o Brasil aos 7 anos.
Como boa parte dos artistas, Sophie também brinca de autopaparazzi no Instagram. Mas usa o aplicativo com parcimônia. Posta o #bookdodia (como “A cor do invisível”, de Mario Quintana, e “Poem(a)s”, de E.E. Cummings) e detalhes como o chão de uma das locações de seu primeiro filme, “Serra pelada”, de Heitor Dhalia, previsto para estrear no segundo semestre.
— Uso as redes sociais com cuidado. Não quero que a imagem da atriz Sophie fique exposta demais a ponto de impedir o público de comprar a ideia de uma personagem minha — justifica.
Fonte: Ela Moda/ O Globo
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