terça-feira, 6 de março de 2012

Bonequinha de luxo. Entrevista de Sophie Charlotte ao "O Povo Online"

SOPHIE CHARLOTTE

Com gestos meigos, fala mansa e postura impecável, Sophie Charlotte parece uma boneca de porcelana. Mas bastam poucos minutos de conversa com a intérprete da romântica Amália de Fina Estampa para perceber um lado nada frágil na atriz. “Fiz muitos testes seguidos para Malhação até conseguir uma oportunidade. Já tinha feito a novela das nove antes, mas no elenco de apoio. Desde cedo encaro as dificuldades da profissão. Mas com a certeza da escolha”, explica ela, que chegou a fazer seis testes para a novela infantojuvenil. Com o fim de Fina Estampa, Sophie volta ao ar em um episódio de As Brasileiras, de Daniel Filho. A atriz protagoniza o episódio Esplendor, A Sambista da BR 116. “Faço uma passista que sonha em desfilar”, adianta. Para a produção, Sophie gravou durante o desfile do Salgueiro, escola de samba carioca na qual desfilou como musa da agremiação. “Foi difícil gravar na avenida. Mas acredito que o resultado ficou legal”, promete.

O POVO – Fina Estampa já está na reta final. Qual o balanço que você faz da sua participação na trama?
Sophie Charlotte – A Amália passou por períodos muito diferentes. Acreditou, amou, se iludiu, desiludiu, entristeceu, deu a volta por cima e voltou a acreditar. Acaba de casar com o homem que queria. Essa história cheia de reviravoltas acabou sendo bem interessante para mim. Exercito e não fico no conforto. Gosto do trabalho que me tira do eixo. É isso que procuro na profissão.

OP – Essa foi a sua primeira novela no horário nobre em um papel de destaque. Qual a principal diferença de atuar na faixa das nove?
Sophie – O frio na barriga sempre vai continuar porque cada passo tem a sua importância. Acho que o primeiro é a chegada, quando a gente quebra a primeira barreira e as pessoas começam a conhecer você. O segundo passo é quando a gente mostra que não veio só para passar e sim para ficar. Já o terceiro é o reconhecimento, com bons papéis e a conquista da confiança do autor e do diretor. Fiz primeiro Malhação, depois duas novelas das sete e agora uma no horário nobre. Estou confiante no caminho que venho traçando.

OP – Uma das coisas que chamou a atenção na sua personagem foi o figurino. Você costuma se envolver nas escolhas?
Sophie – Gosto do figurino da Amália. Realmente percebi certa repercussão, porque ela mostra feminilidade nas roupas. É quase uma ninfa, com florzinhas, estampas românticas. E, no começo da história, ela quase improvisava com o que tinha, sem perder o jeito delicado. Acredito que isso desperta o “faça você mesmo” nas telespectadoras. Curto e levo essas referências para a minha vida também. Adoro o trabalho do figurino e colaboro sempre que posso. Mas nunca senti necessidade de intervir mais diretamente, pois estive de acordo com ele durante a novela. O que adoro é que aprendo um monte de coisas e levo para a minha vida.

OP – Depois de interpretar personagens com características bem diferentes, o que você planeja com o fim da trama?
Sophie – Quero mais trabalho. Não estou dando passos maiores que as minhas pernas. Estou no meu tempo e respeitando isso, porque cada um tem a sua história. Gosto da construção do meu início de carreira. É o começo. Me sinto mais preparada e quero continuar. Mas, como disse, o frio na barriga sempre vai existir. Não quero me repetir. Então levo sempre como uma novidade, encaro como algo diferente. Mesmo que os personagens possam ter semelhanças.
“Não estou dando passos maiores que as minhas pernas. Estou no meu tempo, porque cada um tem a sua história”.

Fonte: O Povo Online

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